Petróleo em Roraima
Governador Denarium Participa de Audiência para Debater Exploração de Petróleo em Roraima
Governador Antonio Denarium discute novas pesquisas para exploração de petróleo e gás na bacia sedimentar do Tacutu durante audiência na Câmara dos Deputados.
Brasília – O governador Antonio Denarium participou nesta terça-feira, 18, de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir novas pesquisas de exploração de petróleo e gás na bacia sedimentar do Tacutu, localizada na fronteira com a Guiana.
Presidida pelo deputado federal Gabriel Mota, a sessão contou com a presença de representantes dos Ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente e Mudança do Clima, ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), além de parlamentares da bancada federal e deputados estaduais de Roraima.
Durante a audiência, foram apresentados dados e estudos ambientais, além de solicitações para novas pesquisas sobre a viabilidade da exploração de petróleo em Roraima, que poderá ser realizada por meio de leilões.
O governador Denarium destacou a importância da exploração sustentável para o desenvolvimento econômico do estado. “As últimas pesquisas para exploração no estado foram feitas há 40 anos. Somos um Estado com grande potencial. Mais de 65% da nossa área está sob proteção ambiental e Roraima possui a maior área de preservação do Brasil, mas precisa crescer, desenvolver e melhorar a qualidade de vida do povo”, afirmou.
Além disso, Denarium pediu ao Governo Federal a possibilidade de exploração de fertilizantes no Estado, destacando o grande potencial inexplorado do território. “Temos todos os elementos presentes na tabela periódica, mas nada ainda é explorado. Isso significa que temos um potencial muito grande. Roraima não é o pedaço de terra mais rico do Brasil, mas sim do mundo”, declarou.
O governador também mencionou a dependência do país na importação de fertilizantes, ressaltando que 80% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. “Podemos explorar na Amazônia esses produtos, viabilizando o crescimento da atividade, gerando empregos e renda aqui”, destacou.
O professor Dr. Vladimir de Souza, do Curso de Geologia da UFRR, apresentou os resultados recentes das pesquisas realizadas pela universidade desde 2008, incluindo descobertas significativas de óleo a aproximadamente 30 metros de profundidade. “A pesquisa geológica é muito cara. A UFRR não tem esses recursos, mas há mecanismos que podem facilitar as pesquisas geológicas no país, principalmente nas bacias terrestres”, enfatizou.
Glicério Pereira, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), destacou a importância dos licenciamentos ambientais e a colaboração com as comunidades indígenas para viabilizar a prospecção. “Devemos focar na autorização que os povos indígenas possam dar para o início da prospecção, isso é muito importante e possível”, observou.
