Educação / Infraestrutur

Estudantes caminham 10 km por falta de manutenção em ponte na comunidade indígena Pium

Alunos da escola estadual indígena Antônio Dias de Souza Cruz, em Alto Alegre, precisam caminhar cerca de 10 km para pegar o transporte escolar devido à falta de manutenção da ponte sobre o igarapé do Pium. A Prefeitura e o Governo do Estado se posicionaram sobre o problema.

Estudantes caminham 10 km por falta de manutenção em ponte na comunidade indígena Pium
Publicado em 10/10/2024 às 22:52

Pais de alunos da escola estadual indígena Antônio Dias de Souza Cruz, localizada na comunidade Pium, região do Tabaio, em Alto Alegre, denunciaram a falta de manutenção da ponte sobre o igarapé do Pium. Devido à estrutura precária, o ônibus escolar não consegue fazer a travessia, e os estudantes precisam caminhar cerca de 10 km para acessar o transporte.

Em um vídeo divulgado, duas mães de alunos e o Tuxaua da comunidade, Iracildo Macuxi, pedem por uma solução urgente. A moradora Dovaci Macuxi relata que durante o inverno a comunidade fica completamente isolada, tornando ainda mais difícil a mobilidade das crianças e adolescentes que frequentam a escola. Ela enfatiza que a ponte foi construída pelos próprios moradores e não recebe manutenção há mais de um ano.

Além da exaustiva caminhada, os alunos enfrentam a forte exposição ao sol e, para os que estudam à noite, o trajeto se torna perigoso devido à escuridão.

Procurada, a Secretaria de Infraestrutura (Seinf) do Governo de Roraima afirmou que a reforma da ponte será incluída na lista de prioridades e que as obras começarão assim que a equipe concluir trabalhos em outra ponte. Contudo, pontes vicinais são de responsabilidade das prefeituras, e a intervenção estadual dependerá da disponibilidade orçamentária.

Em contraponto, o prefeito de Alto Alegre, Wagner Nunes, informou que o transporte escolar municipal está funcionando normalmente e que nenhuma das pontes impacta o trajeto dos alunos do município.

Diante disso, a Roraima TV solicita esclarecimentos adicionais da Prefeitura e do Governo do Estado, questionando sobre prazos mais concretos e soluções permanentes para a situação. A emissora reafirma que o intuito da matéria é dar voz à comunidade e garantir que os responsáveis possam se posicionar de maneira clara e justa.

Solicitamos um posicionamento formal da Secretaria de Comunicação (SECOM), com um prazo de até três dias, para que possamos incluir as respostas na matéria e, assim, dar ao governo a oportunidade de esclarecer as medidas adotadas.

_ Por equipe de Redação.

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